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Meus ídolos na música..


MEUS DOIS ÍDOLOS DA MÚSICA

Sempre fui muito ligado à musica sem saber cantar e nem tocar nenhum instrumento. Gosto de música. Adoro ouvir música e ir a shows. Sou vidrado e por isso tenho muitos amigos da música como Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Jorge Bem Jor, Zezé de Camargo e Luciano, Chororó, Marcos Vivan, Biafra, Michael Sullivan, é claro que vou esquecer de alguns.


Também fiz amizade com alguns produtores com o Othon Russo da CBS, com o Armando Pitiglianni da Philips e depois Poligran e com o Assad de Almeida da CID. Ganhava muitos LPs antes de serem lançados no mercado.

Um dia fui lá na CID conversar com o Assad de Almeida e quando cheguei, a secretária dele me introduziu na sala e vi que o ele estava conversando com uma pessoa. Sentei numa cadeira ao lado e fiquei esperando. Ele se despediu e olhou para mim e perguntou se eu conhecia ela. Disse que não e aí ele profetizou: “Essa aí vai ser uma das maiores cantoras do Brasil, mas ela só pode saber disso depois que assinar o contrato com a gente”. Aí perguntei o nome dela e ele falou: -“ALCIONE”! Nem precisamos falar mais nada. Ela está aí para provar.


Todo cantor brasileiro gostava de cantar no Olympia de Paris. Eu, em 1975, entrei no palco com o Jorge Bem Jor e cantei Fio Maravilha com ele. Estava no corredor para abraçá-lo depois do show e, como o público pediu bis, ele me carregou para o palco e me deu um microfone para cantar com ele. É claro que só fingi que cantava. Não ia estragar o show dele. KKKk


“SOU O ÚNICO JOGADOR DO MUNDO QUE CANTOU NO OLYMPIA DE PARIS”.


Os meus dois maiores ídolos da música são Roberto Carlos e Elis Regina. Vou contar dois casos da minha vida envolvendo esses dois. Eu sou tão fanático pelo Roberto Carlos que não consegui me aproximar dele! Não perdia um show dele aqui no Rio de Janeiro. Só em falar eu saia de mim de tão nervoso. O Ademir Vicente, ex-jogador do Botafogo que era amigo do Roberto, soube disso e pensando em me ajudar, marcou um encontro meu com o Roberto Carlos. Ligou para mim todo animado, pensando que era o que eu mais gostaria na vida. Ligou do telefone fixo porque não existia ainda celular. No início achei que eu conseguiria ir nesse encontro. Os dias foram se passando e o encontro chegando. As minhas pernas tremiam, meu coração disparava e eu ainda tinha que treinar e jogar. Estava no Vasco da Gama. A cada dia que passava eu ficava mais nervoso.

Até que na véspera do dia marcado eu liguei para ao Ademir e desmarquei. Não estava mais aguentando de ansiedade para fazer aquilo. A cada dia eu sofria mais sem conseguir me controlar. Na minha cabeça eu ia desmaiar nesse encontro. Senti que era muito para mim. Acabei não indo. Não sei se foi o mais acertado, mas naquele momento eu não estava preparado para chegar perto dele. Hoje, quem sabe eu até conseguiria, mas ainda me descontrolo um pouco só em pensar naqueles momentos que fiquei na dúvida se ia ou não.


Com a Elis Regina foi diferente. Não tive ninguém para intermediar esse encontro e não posso dizer que sentiria a mesma coisa. No entanto, eu ainda era noivo, hoje tenho 49 anos de casado, e fui ver um show da Elis com a minha noiva. Foi ela entrar e começar a cantar e eu lá na plateia comecei a chorar. Minha esposa, noiva na época, ficou furiosa e queria saber porque eu estava chorando. Chorar por um ídolo não tem explicação para muita gente. As pessoas não entendem. Passei o show chorando e no trajeto para casa a confusão começou com a minha noiva querendo romper com tudo. Eu não conseguia convencer que a minha paixão pela Elis era como intérprete e não como mulher. Fui difícil, mas consegui.

Não cheguei perto dela em vida.. mas tomei um café da manha com ela na casa dela.


"Um dia acordei de madrugada e fui beber água na cozinha. Me surpreendi no portão do edifício onde a Elis morreu em São Paulo. O porteiro abriu a porta e eu subi. A Elis estava me esperando com a porta da cozinha aberta. Entrei e sentei numa mesa onde estava posta para um café da manhã. Começamos a conversar e quando eu olho para a pia vejo que ela tinha uma ajudante fazendo o café. O engraçado que eu via o corpo, mas o rosto estava coberto com um capucho. Da mesma forma, quando olhei para o fundo do corredor eu vi uma criança, que deveria ser a Maria Rita, mas que também estava com um capucho escondendo o rosto. Também vi passar, também com um capucho escondendo o rosto, o filho dela. Conversamos bastante até que ela disse que precisava sair e nos despedimos."

Quando eu voltei a si, estava em pé na cozinha sozinho sem entender nada no princípio. Depois disso talvez eu até aceite um encontro com o Roberto Carlos para não chegar perto dele só em outra oportunidade...


Zé Mário Barros

Blog do Zé

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