FALECIMENTO DO ÍDOLO ROBERTO DINAMITE.
Acordei cedo como sempre. Antes de ir para o banheiro fazer as coisas de rotina eu pego o celular para ver se tem alguma mensagem urgente para ler.
Vejo que o meu amigo João Alfredo mandou um áudio. Não consegui ouvir porque o som do celular estava baixo.
Pulei a mensagem e quando abro a outra me surpreendo com o falecimento do amigo Roberto Dinamite.
Há um mês atrás tinha ido na casa dele, conversei com a esposa e, de repente, o Roberto apareceu e minhas pernas bambearam. Fiquei chocado com a imagem dele. Ele me convidou para entrar, mas eu não estava em condições emocionais para mais nada. Pedi desculpas e disse que tinha um compromisso. Menti. As minhas pernas tremiam. Fui para o carro e não conseguia dirigir. Saí do condomínio dele e estacionei. Chorei uns dez minutos até que fui para casa.
Arrasado com a imagem dele, mas esperançoso da recuperação depois da minha conversa com a esposa dele que me explicou que quando ele fazia a quimioterapia ele ficava arrastado, mas depois de uns três dias ele melhorava.
Saí dali triste mais com a convicção da recuperação. Criei na minha mente essa recuperação.
Para minha surpresa, ao amanhecer, recebo aquele baque do falecimento dele. Entrei em pânico. Não parava de chorar e logo acordei todos da casa que vieram na minha direção querendo saber o que tinha acontecido.
Expliquei o motivo.
TRISTEZA GERAL.
Fiquei inconsolável. Logo muita gente ligando. Muita gente da imprensa solicitando entrevistas, mas eu tive que negar porque não estava aguentando nem falar.
O Roberto era um jogador especial. Todos sabem disso, mas ninguém sabe o que se passava dentro das quatro linhas e dentro dos vestiários.
Na verdade, ele era mais do que especial. Não falava nada. Não reclamava de nada. Sempre mostrava um sorriso. Se xingávamos, ele sorria. E para nos responder fazia gol. Se reclamávamos de alguma coisa, ele sorria mais uma vez e marcava mais um gol. Se a imprensa falava alguma coisa dele, mas uma vez ele sorria e marcava mais gol. Mostrava a todos a competência para marcar GOLS. Era bem simples. Bem humilde. Bem calado. Agora na hora do gol ele explodia como se estivesse respondendo a todos que falavam dele. Bem ou mal a resposta era o GOL.
Muito obrigado BOB DINAMITE por ser seu amigo. Muito obrigado por permitir que eu jogasse a seu lado. Muito obrigado pelos GOLS feitos para mim e até os que fez contra meu time.
VOCÊ ESTARÁ SEMPRE NO MEU PENSAMENTO.
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