A MÁQUINA ORIGINAL DO FLUMINENSE - 1975
- zemario1612
- 22 de jan.
- 3 min de leitura

O Fluminense foi o primeiro clube de futebol de campo que eu treinei. 1965. Fiquei seis meses e voltei ao Futebol de Salão, hoje Futsal. Me atrapalhava o estudo.
Em 1975 quando o Dr. Horta me convidou para ir para Máquina eu vibrei. Saí do Flamengo e fui para o meu time de coração. Sempre fui profissional e não me importava com o clube, eu era profissional.
Fui o primeiro contratado da Máquina de 1975. Depois vieram o Rivelino, o Paulo César, o Mário Sérgio.
Juntaram com os que já estavam lá e aí formou um dos maiores times do Brasil.
O grupo tinha tanta qualidade que o Treinador nem precisaria escalar o time para o jogo. Era entrar no vestiário e jogar as camisas para o alto. Os 11 primeiros que pegassem a camisa de 1 a 11 poderiam entrar em campo e apresentariam um futebol de primeira. Sem dúvida alguma.
Era um grupo que eu sentia prazer em jogar. A qualidade técnica e a criatividade, que normalmente é quem ganha jogo, e isso tínhamos de sobra.
Fiz amizades boas que perduram até hoje.
Com isso, o Fluminense de 1975, a Máquina Original e, por ser a Original, não existe outra que chegue perto, marcou a minha carreira.
Jogar com esses craques todos foi a maior sensação que poderia ter acontecido na minha vida profissional. Craques na acepção da palavra.
Esse time fez coisas que marcaram o Futebol Brasileiro. Mesmo quem não é torcedor daquela época, fala na Máquina Original. Esse time impôs respeito. Todos os outros jogadores dos outros times respeitavam o Fluminense. Todas as torcidas também.
Foi um ano que marcou a nossa vida.
Cada integrante da Máquina Original foi marcante até hoje para mim. Rivelino eu conheci ali no Fluminense, mas o Mário Sérgio e o Paulo César Caju eu já conhecia do futebol de salão. Éramos adversários. Fica difícil eu citar só eles porque eu sempre fiz muitas amizades com os jogadores dos times que joguei. Hoje, são poucos os que não tenho um contato mais perto. Sempre trocamos mensagens. Chego a me emocionar quando ouço a voz deles. Como há bem pouco tempo com o Rivelino. Há muito tempo eu não escutava a voz dele. Era só troca de mensagens.
Aí chegamos no Maquinista da Máquina. Dr. Francisco Horta.
Extraordinário como pessoa. Extraordinário como presidiu o Fluminense. Até hoje mantenho contato direto com ele indo, inclusive, na casa dele visitá-lo.
Hoje também mantenho contato direto com o Renato, goleiro, Rivelino, Edinho, Marco Antônio, Búfalo Gil, Pintinho, Zé Roberto Padilha, Roberto, o goleiro etc.
Passaram 50 anos e continuamos vivos na mente do torcedor por tudo aquilo que fizemos naquele tempo. Não é diferente na nossa mente. Não esquecemos do que fizemos em 1975. Nunca conseguiremos esquecer daquelas amizades, daquelas alegrias que demos à torcida, mas também demos alegrias aos nossos corações. Era um prazer entrar em campo. Era um prazer mostrar o que cada um podia fazer e todos ao mesmo tempo fazendo o Fluminense ganhar. Foi maravilhoso e continua sendo prazeroso quando chegam perto da gente e nos reconhecem e até agradecem.
Eu também agradeço ao Dr. Horta e a diretoria. Eu também agradeço a todos os companheiros da equipe. Agradeço a todos da Comissão Técnica e a todos os funcionários, roupeiros, médicos, fisioterapeutas, massagistas, porteiros etc.
Por fim, agradeço à Torcida do Fluminense que até hoje nos apoia e reconhece os nossos êxitos.
Vencer ou Vencer.
Comments